Nos últimos dois anos, desde o advento do ChatGPT, a inteligência artificial tem gerado temores quanto à possibilidade de que conteúdos falsos, criados rápida e facilmente pelas IAs, pudessem influenciar significativamente o resultado de eleições.
No entanto, analisando o que ocorreu durante as campanhas das recentes eleições nos Estados Unidos e na Europa, emerge, ao menos por enquanto, um cenário menos alarmante.
Nos Estados Unidos, episódios como a falsa foto de Donald Trump cercado por eleitores afro-americanos ou a ligação telefônica com voz clonada de Joe Biden, supostamente convocando os democratas de New Hampshire a boicotar as primárias, despertaram preocupação, mas parecem ter se limitado a casos isolados.
Na Europa, tornaram-se virais vídeos gerados por IA que mostravam membros inexistentes da família de Marine Le Pen fazendo piadas racistas, além de um áudio falso em que o primeiro-ministro do Reino Unido Keir Starmer insultava um colaborador.
Essas conclusões são derivadas de pesquisas realizadas sobre a desinformação associada à IA nas recentes eleições; no entanto, tudo indica que esse problema pode se agravar à medida em que IA evolui.