Segundo o jornal, as forças armadas de Israel, as IDF, da
sigla em inglês para “Israel Defense Forces” utilizam dados coletados por
satélites, drones e outros sensores, que filtrados por algoritmos, propõem
possíveis alvos. Os oficiais das IDF consideram essas ferramentas fundamentais
para acelerar as decisões e conservar uma vantagem estratégica.
Centenas de algoritmos compõem o sistema "Habsora",
que identifica potenciais alvos a partir dos dados acumulados em um enorme
banco de dados chamado "Pool”.
Os algoritmos vasculham interceptações de comunicações,
fotos obtidas por satélites e postagens em redes sociais para sinalizar
coordenadas de possíveis edificações, estruturas subterrâneas, túneis ou
depósitos de armas utilizados pelos inimigos das IDF – neste momento,
principalmente em Gaza.
"Usando o Habsora, os militares podem detectar pequenas
mudanças em determinadas áreas, que sugerem ter o Hamas instalado um lançador
de foguetes ou cavado um novo túnel em terras agrícolas", escreve o
Washington Post com base nas revelações de um militar que trabalhou com esses
sistemas de inteligência artificial.
Outros sistemas, como o "Lavender", estimam a
probabilidade de uma pessoa pertencer a grupos armados – indícios como a
presença em determinadas chats ou o uso frequente de múltiplas linhas
telefônicas podem aumentar o nível de suspeita.
Aplicativos como "Hunter" e "Flow", por
outro lado, permitem que os soldados israelenses em campo de batalha acessem
dados em tempo real, incluindo imagens das áreas das quais se aproximam e também
estimando possíveis vítimas civis.
Todos esses sistemas se conectam com o Habsora,
potencializando o processo de identificação de alvos.
É muito triste ver uma tecnologia como Inteligência
artificial empregada na guerra, mas a esperança é que ela ao menos poupe
inocentes.