A agência espanhola EFE divulgou interessante
matéria acerca da World Robot Conference, iniciada em Pequim no último dia 23.
De acordo com a matéria, os robôs já preparam comida,
limpam casas, dão aulas, escrevem notícias, realizam cirurgias, voam e, na China, principal mercado mundial do
setor, executam diversas outras atividades.
No salão de exposições da conferência havia robôs
que falavam, cantavam, dançavam e jogavam
futebol entre eles ou tênis de mesa com humanos.
Outras máquinas foram programadas para auxiliar no
setor da saúde, em funções como reabilitação ou ajuda à mobilidade de
incapacitados.
Algumas empresas apresentaram berços inteligentes
com os quais os pais podem controlar à distância as condições do ambiente em
que o bebê descansa.
O evento também contou com empresas cujos robôs
foram programados para estabelecer contato com humanos e responder a seus
pedidos, como se fossem garçons ou atendentes.
A Xiaoi, empresa responsável pelos serviços de
atendimento ao cliente das grandes operadoras telefônicas chinesas está
utilizando robôs para reduzir os custos trabalhistas e melhor o atendimento aos
clientes.
A conferência em Pequim reuniu cerca de 120 empresas
e 12 organizações internacionais de robótica, refletindo o momento vivido pelo
setor dos robôs na China, principalmente no campo industrial.
A China representa 25% do mercado dos robôs
industriais. No ano passado, 57 mil unidades foram vendidas naquele país, um
crescimento de 55% em relação a 2013. Ao todo, 230 mil vendas foram registradas
em todo o planeta em 2014.
No entanto, a "densidade de robôs" (a
relação entre máquinas e trabalhadores) se situa, na China, em 36 para cada 10
mil trabalhadores, abaixo da média mundial (66) e bem distante das médias de
países como Coreia do Sul (478 para cada 10 mil), Japão (315), Alemanha (292) e
Estados Unidos (164).
Até 2013, os robôs industriais utilizados na China eram
quase todos importados; no momento, a produção local cresceu e alimenta parte
considerável do mercado daquele país.
A meta do governo chinês é que até 2020 os robôs de
fabricação nacional cheguem a suprir metade da demanda interna. Com esse
objetivo, está sendo elaborado um plano de cinco anos para conduzir a expansão
do setor.
A robótica é uma das dez áreas assinaladas por
Pequim como prioritárias em sua estratégia "Made in China 2025", que
pretende remodelar a base industrial do país para orientá-la rumo a áreas mais
intensivas em tecnologia e menos dependente de mão de obra barata.
É uma nova realidade no país, levantando as
questões de praxe: o que fazer com a mão de obra a ser desempregada pelos
robôs? E se alguém hackear robôs? O
vídeo abaixo pode dar uma ideia do que pode acontecer...