Quando as copiadoras que fazem cópias coloridas, impressoras “jato de tinta” e os scanners se popularizaram, houve uma grande preocupação com a
possibilidade de que essas tecnologias
tornassem a falsificação de dinheiro algo muito fácil, a ponto de desorganizar
a economia. No entanto, isso não aconteceu, especialmente em função
das novas tecnologias adotadas na produção de notas verdadeiras, tais como
marcas d’água, filetes plásticos etc.
Mas às vezes
surgem alguns casos interessantes: a Bloomberg noticiou que uma cabeleireira de Richmond, estado da Virginia, confessou a um tribunal federal (lá,
falsificar dinheiro é crime federal) que falsificou cerca de 20 mil dólares em
um período de dois anos. Seu advogado diz que a mulher de 34 anos “criava seis
filhos sozinha com uma renda modesta” e que “estava imprimindo dinheiro para
suprir suas necessidades”.
A pessoa usava notas de 5 dólares para imprimir suas cédulas falsas: aplicando
um produto de limpeza doméstica com uma escova de dente, ela tirava a tinta da
nota. Após a cédula de 5 dólares ficar em branco, a cabeleireira imprimia nela imagens digitalizadas de notas de 50 e 100
dólares, usando uma impressora HP.
Como o papel usado era o de uma cédula original, as falsificações
ficavam com marca d’agua e também passavam no teste da caneta, que reage com o
amido no papel. Mas a impressão não era boa o suficiente para passar no teste
dos bancos - logo, esse dinheiro falso só poderia ser usado para pagar compras no
comércio local. A falsificadora também não podia frequentar sempre os mesmos
locais, já que se suas notas fossem descobertas, seria fácil achá-la.
Isso traz uma lição: não é só porque você também tem uma impressora e os
materiais em casa que deve começar a imprimir o seu próprio dinheiro. Além de
ser ilegal, você não conseguirá ficar rico e nem ficará impune por muito tempo.