O software vem tendo uma importância cada vez maior na indústria automobilísitica, não apenas em suas funções tradicionais ajudando a controlar os negócios, a cadeia de suprimentos e a produção, mas sim, sendo incorporado ao produto final.
O Chevrolet Volt |
Um bom exemplo disso está no Chevrolet Volt, um híbrido eletricidade/gasolina cujo software tem 10 milhões de linhas de código, dois milhões a mais que o que se encontra no caça F-35.
A crescente importância so software é realçada pelo acordo recentemente assinado entre a Toyota e a Microsoft (que tem acordo similar com Ford) para desenvolver aplicações automotivas que rodarão na nuvem (cloud computing); outros gigantes da área de informática também pesquisam na área, entre eles Google, IBM e Cisco.
Em breve, os carros deixarão de ser ilhas isoladas no trânsito – o software vai permitir com que se comuniquem entre si, com as ruas e estradas, compondo uma gigantesca rede que trará mais segurança e fluidez ao tráfego – alguns estudiosos dizem que em breve acontecerá com os carros o que já acontece com os celulares, que não são escolhidos por suas aparências, antenas e telas, mas sim pelo software que rodam.
Alias, carros e smartphones já estão operando em conjunto: o Chevrolet Volt já permite, entre outras funcionalidades, que seus proprietários verifiquem através de seus smartphones o quanto resta de carga em suas baterias e comandem o recarregamento das mesmas. O aumento do número de funcionalidades e novidades implica em aumento da complexidade e de preocupações com relação à segurança, não só no que se refere a desastres que podem acontecer por falha de software mas até mesmo a assuntos como os ataques praticados por hackers: pesquisadores das Universidades da Califórnia e de Washington já descobriram que é possível abrir carros partir da invasão de seus sistemas de som.
Dentre essas funcionalidades e novidades estão
· os carros (autonomous cars) sem motorista, equipados com “piloto automático” e capazes de se dirigirem de um ponto a outro sem comandos dados por um controlador externo, o que os torna diferentes dos carros dirigidos por controle remoto (a VW alemã já tem um protótipo baseado em um Passat)
· as previsões personalizadas sobre o trânsito, capazes de dar ao motorista, antes mesmo que ele saia de sua casa, prognósticos acerca do trânsito nas áreas usualmente percorridas por ele – a IBM já está testando tecnologia nessa área, baseada em smartphones
· ruas e estradas que automáticamente captam dados sobre o trânsito e os processem de forma a gerar informações que permitam que o mesmo flua melhor, redirecionando o tráfego para rotas alternativas e radicalizando o conceito de “semáforos inteligentes”
· os “road trains”, que já foram objeto de publicação neste blog.
Resta aguardar e esperar que toda essa tecnologia melhore nossa qualidade de vida e não apenas contribua para elevar nossa produtividade. Quanto ao Volt, suas vendas estão superando as expectativas da GM, devendo atingir 16 mil unidades em 2011 e 60 mil em 2012.