Neste momento em que
se discute, e muitos acreditam ser iminente, a chegada ao mercado dos carros
sem motorista, há uma dúvida que assola os responsáveis pelos projetos desses carros:
a possibilidade de que hackers assumam o controle e roubem o carro, objetos em
seu interior ou, ainda pior, causem acidentes ou pratiquem ações terroristas.
Essa dúvida é
pertinente; afinal, computadores isolados e até mesmo grandes redes gerenciadas
por empresas poderosas, que investem pesadamente em segurança, são
frequentemente atacadas com sucesso. Um exemplo é o da Equifax, grande empresa
americana da área de tecnologia que foi invadida em fins de 2017, tendo os
hackers roubado dados pessoais de 143 milhões de cidadãos americanos. Twitter, LinkedIn e Facebook já foram invadidos
com sucesso.
Por que haveria de
ser diferente com carros? Até mesmo os convencionais podem sofrer ataques. A
revista Wired relata um caso de ataque a um veículo ocorrido em 2015 nos
Estados Unidos: sua central eletrônica foi invadida, o ar condicionado foi
ligado em seu nível máximo, o rádio foi ligado também em volume máximo, fluido
para limpeza passou a ser jogado para o para-brisas e o limpador ligado;
finalmente, a rotação do motor subiu e o carro perdeu velocidade. O motorista perdeu
todo o controle sobre essas funcionalidades. Felizmente era um teste, e os
hackers apesar de poderem faze-lo, não atacaram os freios e outros sistemas que
poderiam comprometer a dirigibilidade do veículo.
Muitos argumentam que ataques de hackers não diminuíram a velocidade de expansão da internet, quer
em número de usuários, quer em volume de negócios e informações que trafegam
por ela. Outros, acreditam que leis mais abrangentes e severas possam combater
esses problemas.
Como quase sempre
ocorre, resta ao cidadão comum esperar e torcer para que tudo acabe bem...