O New York City Council (NYCC), uma espécie de Câmara Municipal daquela cidade, aprovou, unanimemente, proposta de lei que restringe as atividades do Airbnb e de outros serviços online de aluguel de imóveis.
A ideia é dificultar o aluguel de apartamentos a turistas que visitam New York; segundo o NYCC, esse tipo de aluguel agrava a crise habitacional na cidade, pois os proprietários de imóveis podem ganhar mais alugando-os por curtos períodos do que a pessoas que iriam efetivamente morar neles. Segundo um estudo, esses proprietários ganharam em 2016 um adicional de US$ 616 milhões alugando via serviços online.
Se transformada em lei, a proposta colocaria a cidade em pé de igualdade com lugares como San Francisco, New Orleans, Barcelona e Vancouver, que já têm regras similares às que estão sendo propostas: basicamente, um apartamento apenas poderá ser alugado por períodos inferiores a 30 dias se o proprietário residir no local.
New York é o maior mercado para o Airbnb: cerca de 50.000 apartamentos são regularmente alugados por esse meio – em San Francisco, quando a lei entrou em vigor, os aluguéis feitos com auxílio desse serviço caíram pela metade.
O Airbnb reagiu à proposta afirmando que se trata de medida fomentada pelos hotéis, que estão vendo sua taxa de ocupação cair; a empresa inclusive publicou uma lista de doações eleitorais feitas pelos hotéis aos membros do NYCC.
É mais uma briga resultante do crescimento do uso das modernas tecnologias que, para o bem e para o mal, estão se consolidando.