O carro do Google |
Já abordamos aqui os carros sem motorista, também chamados carros
autônomos; muitas empresas estão desenvolvendo essa tecnologia, que está
praticamente pronta para o mundo real.
No entanto, está muito difícil determinar
claramente o risco associado ao surgimento desses veículos; seus fabricantes
preocupam-se com a responsabilidade derivada de acidentes.
Agora, já se fala em mais uma
ameaça: hackers poderiam sequestrar carros e controlá-los
remotamente, usando-os para finalidades criminosas ou até mesmo transforma-los em
armas ou causar problemas de trânsito,
travando uma cidade. Tudo isso deixaria
de ser responsabilidade dos motoristas e pedestres, passando para os
fabricantes dos carros e dos desenvolvedores do software que os controlaria.
A Mercedes autônoma |
Contudo, esses cenários pessimistas não estão interrompendo os esforços
para dar impulso à tecnologia, que deverá se tornar um mercado de US$ 87
bilhões até 2030. Volkswagen, Google e outros seguem trabalhando no tema: no
ano passado, uma Mercedes-Benz Classe S dirigiu-se sozinho por 100 quilômetros
em trânsito real durante o dia em estradas alemãs lotadas; a empresa
inclusive está desenvolvendo caminhões autônomos.
A perspectiva de que carros sejam controlados por sistemas de navegação
on-line está preocupando órgãos reguladores e agentes da lei: o FBI concluiu que os hackers podem assumir o
controle de veículos automatizados e usá-los como “armas letais”, reportou o
jornal britânico The Guardian.
De qualquer maneira, os fabricantes de veículos estão atentos aos riscos,
mas como os bandidos parecem sempre estar um passo à frente dos que os
combatem, fica a preocupação – como diz uma das maiores seguradoras do mundo, a
Allianz: “é difícil precisar o impacto que os carros autônomos terão sobre nós,
mas nós sabemos que existirão problemas”.