A popularidade do comércio eletrônico cresce a cada dia: o grande público
acostuma-se a utilizar os sistemas, o pagamento via cartão de crédito é seguro
(ao menos quando se compra de empresas sérias), o celular está passando a ser
mais utilizado para compras etc. – mas um problema ainda persiste: a entrega
dos produtos frequentemente é lenta e erros ocorrem com frequência, geralmente por
não terem os fornecedores uma estrutura logística adequada.
Alguns grandes varejistas tem trabalhado fortemente para superar esse problema:
um exemplo tipico é a Amazon, que através de seu serviço Prime promete entregar
os produtos adquiridos em dois dias. O serviço é vendido através de assinatura,
US$ 79 por ano.
A Amazon lança agora um novo serviço, o Amazon Fresh (http://fresh.amazon.com), que promete entregar 500 mil diferentes itens, inclusive comida, no
mesmo dia ou na manhã no dia seguinte à compra. A assinatura custará US$ 299
por ano e o valor mínimo da compra deve ser de US$ 35; por enquanto, o serviço
é limitado às áreas de Los Angeles e Seattle.
A entrega de frutas, verduras e comida em geral é um pesadelo do ponto
de vista de logística, o número de possíveis problemas é enorme: o produto pode
estragar-se no depósito, disponibilidade de veículos, necessidade de refrigeração,
ausência do comprador para receber o produto, rotas - um único veículo, com dez entregas
para fazer, tem 3,6 milhões rotas possíveis – é preciso escolher a melhor,
combinando distâncias, restrições de tráfego, horário acertado com o comprador,
etc.
Mas se essas dificuldades forem superadas, o varejo em geral deve ser
revolucionado; as lojas convencionais, físicas (brick and mortar stores)
sofrerão um impacto enorme: se hoje é simples até mesmo para um pequeno
comerciante montar uma loja na Internet, é extraordinariamente difícil montar
uma estrutura de entregas similar à que a Amazon vem organizando; talvez surjam
empresas especializadas em prestar esse tipo de serviço, mas certamente serão
extremamente caros.
É mais uma mudança no horizonte, e que precisamos acompanhar de perto.
É mais uma mudança no horizonte, e que precisamos acompanhar de perto.