A história do lendário bombardeiro B-17 Flying Fortress, a Fortaleza Voadora, começou em 1934, quando o Corpo Aéreo do Exército dos Estados Unidos lançou um pedido por uma aeronave de quatro motores capaz de realizar missões de bombardeio de longo alcance.
A Boeing respondeu com um protótipo que voou pela primeira vez em 1935. Quando os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial, em 1941, o modelo já havia evoluído para a versão B-17E.
O apelido “Fortaleza Voadora” se justificava: o avião era equipado com várias metralhadoras calibre .50 estrategicamente posicionadas para autodefesa.
Seus quatro motores potentes garantiam não apenas força, mas também maior confiabilidade em caso de falha. No compartimento interno, havia espaço de sobra para armamentos — ele foi projetado para ser uma verdadeira máquina de guerra.
A versão mais famosa, a B-17G, entrou em combate em 1943 e consolidou o status do avião como ícone da aviação militar.
Cada unidade exigia uma tripulação de 10 pessoas: pilotos, navegadores, artilheiros e bombardeadores.
Voando a altitudes entre 7.500 e 10.500 metros, o B-17 podia carregar cerca de 1.800 kg de bombas em missões longas, chegando a 3.600 kg em operações de curta distância — uma potência destrutiva considerável para a época.
Ao longo da guerra, mais de 12.700 unidades do B-17 foram produzidas pela Boeing. Era uma aeronave querida pelas tripulações, conhecida por sua robustez, resistência a danos e capacidade de voltar à base mesmo gravemente atingida.
O B-17 lutou com bravura e se tornou um dos grandes símbolos da resistência aliada contra o fascismo.
Nas décadas de 1940 e 1950, o Brasil recebeu alguns desses aviões, que foram usados pela FAB principalmente em missões de patrulha marítima e busca e salvamento.
Seus longo alcance e grande autonomia de voo faziam do B-17 uma boa escolha para missões sobre o oceano Atlântico, especialmente durante a Guerra Fria, quando o Brasil reforçava sua vigilância costeira.