Se você não é um profissional de
Tecnologia da Informação, provavelmente nunca ouviu falar da Cisco. Mas é ela
uma das principais responsáveis por permitir que pessoas
comuns e organizações comuniquem-se eficientemente, mudando a maneira como as pessoas trabalham,
vivem, divertem-se e aprendem – ao ler este blog, há quase 100% de certeza que
você está utilizando um produto Cisco.
A empresa, hoje uma das maiores do mundo na área tecnológica,
teve origem em um caso de amor: Leonard Bosak e Sandra Lerner, funcionários da
área de computação da Universidade de
Stanford, trabalhavam em departamentos diferentes. Para
ficar em contato com ela, Bosak
teve a ideia de criar um aparelho - que chamou de “Router” (roteador) - que permitia mandar emails de um
computador para outro ligado a uma rede diferente, facilitando a comunicação com a namorada.
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A evolução do logotipo |
Baseado nessa inovação
o casal viria a criar em 1984, na cidade de Menlo Park, a Cisco Systems, cujo nome tem origem nas letras finais da
cidade californiana de San Francisco. Diz a lenda que o casal chegou ao nome
e ao logotipo inicial da empresa ao ver
a ponte Golden Gate, principal símbolo da cidade de San Francisco, emoldurada
pela luz do sol. Por isso o logotipo original era uma representação da famosa
ponte.
No início, a Cisco fabricava apenas roteadores de grande porte
para empresas, mas gradualmente diversificou o seu negócio passando a atender
também ao consumidor final com tecnologias como VoIP e fornecendo tecnologias para roteamento
e comutação avançada, redes óticas, wireless, redes de
armazenamento, segurança, banda larga etc., chegando, em 2000, em pleno pico do boom das empresas
ponto-com, a tornar-se a empresa mais valorizada do mundo, com valor de mercado de mais de US$ 500 bilhões e a ser
considerada pela revista Forbes como a empresa de alta
tecnologia mais dinâmica dos Estados Unidos.
Na atualidade, a Cisco parece estar focando suas
ações no segmento de arquitetura das redes para a transformação dos negócios,
apostando no que vem sendo chamado “Internet
das Coisas” (Internet
of Things). Seus equipamentos controlam cerca de 85% do tráfego da Internet e
seu lucro em 2016 foi de US$ 10,7 bilhões.
No Brasil, a Cisco esteve em 2007 no centro de um grande escândalo:
foi acusada de envolvimento com fraudes em importações, ocultação de
patrimônio, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, sonegação fiscal e
evasão de divisas, trazendo grandes prejuízos ao país. A direção geral da empresa
alegou ignorância nesses fatos, responsabilizando seu presidente no
Brasil, Carlos Carnevalli pelos fatos
criminosos, que teriam dado um prejuízo de cerca de R$ 2 bilhões aos cofres do governo.
Uma de suas iniciativas mais interessantes é o Programa Cisco Networking Academy, criado em
1997, que proporciona a estudantes a capacitação e recursos para desenvolver, construir e administrar
redes de TI.
Do ponto de vista
afetivo, a história não terminou bem: o casal saiu da
empresa vendendo suas ações por US$ 170 milhões, mas se divorciou pouco depois...