Os paparazzi |
Há dez anos, Nick Hayek, diretor da fabricante suiça de relógios
Swatch, e Bill Gates, da Microsoft, lançaram um novo tipo de relógio de pulso, o
Paparazzi, que foi apresentado como o
pioneiro do chamado relógio inteligente; ol relógio dava ao usuário acesso a
notícias, cotações da bolsa e a outros
dados por meio do serviço MSN da Microsoft.
Mas o Paparazzi foi um
fracasso e a parceria entre a maior fabricante de relógios do mundo e a gigante
do software foi desfeita. Desde então, a indústria relojoeira não se manifestou,
enquanto a Samsung e a Sony, lançavam relógios inteligentes que permitiam ler
mensagens e e-mails, fazer chamadas telefônicas e tirar fotos.
Em março passado, o
Google lançou uma nova versão do seu sistema operacional para relógios
inteligentes – o Android Wear–, enquanto cresciam as especulações de que a
Apple estaria prestes a entrar na guerra dos relógios de pulso com um produto
que os observadores do setor já apelidaram de “iWatch”.
O crescente interesse
por relógios inteligentes (foram vendidos 1,9 milhões em 2013, contra
300 mil
em 2012) pode parecer uma oportunidade para os fabricantes de relógios suiços,
mas, ao que parece, estes não estão
muito interessados no assunto.
Omega Speedmaster: luxo e preço alto |
Segundo Hayek, os
relógios inteligentes desenvolvidos pelas empresas de tecnologia apresentam
numerosos problemas em comparação aos modelos tradicionais, como a vida útil
limitada da bateria e o fato de que podem ser “monitorados” por serviços de inteligência. “As pessoas não
querem esse tipo de complicação”, disse ele, que complementou afirmando que “os
relógios continuam uma peça de joalheria”, muitas vezes, um objeto de luxo,
custando milhares de dólares e é por esse segmento que os suiços se interessam.
Vale a pena acompanhar os próximos capítulos