Algumas instituições
seculares estão sendo ameaçadas pela evolução da tecnologia: no último dia 11,
os correios do Canadá anunciaram que, até 2020, vão acabar com a entrega de cartas nas casas -
8 mil carteiros perderão seus empregos e
o cidadão deverá retirar suas cartas nos
postos de correio. É o primeiro país em
que isso acontece.
A decisão foi tomada depois que o volume de cartas naquele país caiu
25% em cinco anos. Diante dessa
realidade e vendo seu déficit chegar a um bilhão de dólares em 2020, a empresa tomou
essa decisão – o uso da Internet foi a principal causa da queda de movimento;
além disso, em países como esses, a entrega de encomendas ocorre através de
empresas como a DHL e a UPS.
Obviamente, essa é uma realidade que atinge apenas países ricos,
onde a taxa de penetração da Internet chega a mais de 80% da população; em
países emergentes, a Internet ainda não
chega a 30% das casas. No Brasil, os Correios são os responsáveis pela entrega
da maior parte das encomendas, graças a medidas protecionistas que o governo adota
(e que a população como um todo paga...).
Segundo dados da União
Postal Universal, com sede na Suíça, o número de cartas entregues pelo mundo
caiu em 16% nos últimos cinco anos, algo inédito na história do setor, mesmo
durante guerras. Cerca de 40 bilhões de cartas deixaram de ser entregues desde
2008 no mundo e outras empresas começam a pensar em soluções para rever a forma
de atuação e a importância dos carteiros.