Aconteceu recentemente o
leilão de frequências para escolha das operadoras da quarta geração do celular
(4G), promovido pela Anatel; as quatro
grandes operadoras de telefonia celular adquiriram frequências, embora a um
valor menor que o esperado pelo governo.
Que significa a chegada da 4G para
nós, usuários? Em alguns anos, nossos tablets
e smartphones serão capazes de acessar a internet a velocidades 50 vezes
maiores do que a média oferecida pela terceira geração do celular (3G), que
utilizamos atualmente. Serão serviços de internet sem fio com velocidades
variáveis entre 50 a 100 megabits por segundo (mbps) – mas... teremos que esperar: esses serviços começarão
a ser disponibilizados aos poucos, a partir de 2013. Além disso, os tablets e
smartphones atuais precisarão ser trocados, acreditando-se que esses últimos
chegarão ao mercado a um preço próximo de 3 mil reais (a título de consolo: os equipamentos
atuais continuarão funcionando
normalmente).
Com essas velocidades, o grande salto
talvez seja dos serviços de comercio eletrônico móvel. Serão possíveis
downloads muito rápidos de filmes de
alta definição, livros, revistas e jornais digitais. Serão viáveis serviços de
videoconferência, transmissão de fotos e
vídeos, com custos irrisórios e em poucos segundos.
Para muitos especialistas, a 4G é o projeto de telecomunicações mais ambicioso
da humanidade. Basta lembrar que a internet móvel, nascida nos anos 1990, tinha
uma velocidade média de apenas alguns quilobits por segundo (kbps). Mas ela se
amplia para 100 kbps, depois para 384 kbps, na segunda geração (2G) e
experimenta novos saltos na 3G, para alcançar teoricamente 3,6 ou 7,2 megabits
por segundo (mbps) nos últimos anos. Na prática, contudo, a 3G não nos tem dado
mais do que 2 mbps, por falta de mais frequências e por problemas de
congestionamento das redes.
Nos primeiros anos de implantação da 4G,
a velocidade poderá saltar para velocidades efetivas de 3,6 para 7,2 mbps, o
que já será um avanço extraordinário. Isso poderá ocorrer inicialmente nos
maiores centros, para usuários de smarphones e tablets avançados, especiais
para a essa quarta geração (aqueles que serão mais caros); a 100 mbps
provavelmente chegaremos ao redor de 2020.
Acredita-se que mais de 100 milhões
de brasileiros deverão estar usando smartphones e tablets em 2016; é possível
que tenhamos nessa época equipamentos híbridos, que combinarão as melhores
características dos mais avançados smartphones, tablets e
ultrabooks.
É esperar para ver e torcer para que
os custos de equipamentos e serviços caiam a níveis civilizados, ao contrário
do que acontece hoje em nosso país