O U-1206 |
Às vezes o uso de
tecnologia para executar funções de rotina pode ter
desdobramentos, trágicos ou cômicos, dependendo do ponto de vista do
observador.
Isso aconteceu com o submarino alemão U-1206, no mês de abril de 1945. O sub, que navegava pelas costas da Escócia buscando afundar navios aliados, incorporava diversas inovações tecnológicas.
O U-1206 navegava a
cerca de 70 metros de profundidade quando seu comandante,
o Kapitänleutnant Karl-Adolf Schlitt precisou utilizar o vaso
sanitário, que era de um novo tipo, com válvula de descarga adequada ao
uso em grandes profundidades – antes dessa válvula entrar em uso, a descarga só
podia ser acionada a profundidades menores que 25 metros, o que gerava grande
desconforto à tripulação.
O comandante não conseguiu acionar a descarga e chamou um marinheiro da manutenção para resolver o problema; este acabou abrindo a válvula errada, o que permitiu que água do mar passasse a entrar no sub através do vaso – a entrada de água foi controlada, mas a água que entrou vazou para o compartimento das baterias situado logo abaixo do vaso.
A água, em contato com as baterias, gerou cloreto de hidrogênio, um gás de odor irritante e que quando exposto ao ar forma vapores corrosivos de coloração branca, que podem ser fatais ao homem em curto período de tempo. Schlitt fez o barco emergir rapidamente, para fazer com que o vento expulsasse o gás.
Para má sorte dos alemães, o U-1206 estava a apenas 8 milhas da costa, e foi rapidamente descoberto e atacado por um avião britânico; o ataque matou um marinheiro e danificou o sub que ficou impossibilitado de mergulhar e acabou sendo abandonado e afundado pela tripulação – nesse processo, mais três homens morreram, sendo os demais 46 capturados pelos ingleses.
Talvez a captura tenha sido boa para os marinheiros: durante a guerra, 75% dos submarinos alemães foram afundados e cerca de 30.000 tripulantes perderam a vida.
Assim acabou a primeira (e última) missão de guerra em que Schlitt comandou um submarino – durou exatamente nove dias... Mas Schilitt não era tão azarado quanto parece: nascido em 1918 lutou durante toda a guerra, foi ferido na queda de um avião em que morreu o piloto, foi prisioneiro de guerra, mas viveu até 2009.
Isso aconteceu com o submarino alemão U-1206, no mês de abril de 1945. O sub, que navegava pelas costas da Escócia buscando afundar navios aliados, incorporava diversas inovações tecnológicas.
Schlitt |
O comandante não conseguiu acionar a descarga e chamou um marinheiro da manutenção para resolver o problema; este acabou abrindo a válvula errada, o que permitiu que água do mar passasse a entrar no sub através do vaso – a entrada de água foi controlada, mas a água que entrou vazou para o compartimento das baterias situado logo abaixo do vaso.
A água, em contato com as baterias, gerou cloreto de hidrogênio, um gás de odor irritante e que quando exposto ao ar forma vapores corrosivos de coloração branca, que podem ser fatais ao homem em curto período de tempo. Schlitt fez o barco emergir rapidamente, para fazer com que o vento expulsasse o gás.
Para má sorte dos alemães, o U-1206 estava a apenas 8 milhas da costa, e foi rapidamente descoberto e atacado por um avião britânico; o ataque matou um marinheiro e danificou o sub que ficou impossibilitado de mergulhar e acabou sendo abandonado e afundado pela tripulação – nesse processo, mais três homens morreram, sendo os demais 46 capturados pelos ingleses.
Talvez a captura tenha sido boa para os marinheiros: durante a guerra, 75% dos submarinos alemães foram afundados e cerca de 30.000 tripulantes perderam a vida.
Assim acabou a primeira (e última) missão de guerra em que Schlitt comandou um submarino – durou exatamente nove dias... Mas Schilitt não era tão azarado quanto parece: nascido em 1918 lutou durante toda a guerra, foi ferido na queda de um avião em que morreu o piloto, foi prisioneiro de guerra, mas viveu até 2009.